O HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento) reforça a importância do diagnóstico e tratamento precoce da disfagia, condição que afeta a deglutição e pode trazer sérios riscos à saúde, como desnutrição, desidratação e pneumonias recorrentes.
Na quinta-feira, 20, o setor de fonoaudiologia da unidade realizou uma panfletagem e um momento de sensibilização em alusão ao Dia Nacional de Atenção à Disfagia.
Segundo a coordenadora do setor, Emanoela Gomes, o tratamento adequado pode reduzir riscos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
“A disfagia é a dificuldade para deglutir alimentos líquidos, pastosos, sólidos ou até mesmo a saliva, nos casos mais graves. Alguns pacientes com sequelas neurológicas apresentam maior predisposição para desenvolver a disfagia”, afirmou a especialista.
Entre as principais causas estão sequelas de doenças neurológicas, tumores, traumas e complicações decorrentes de intubação prolongada ou do uso de sondas de alimentação. Os sintomas mais comuns incluem tosse ou engasgos durante as refeições, sensação de alimento preso na garganta, dor ao engolir e perda de peso.

O serviço de fonoaudiologia do HGR atua há mais de 15 anos, realizando cerca de 70 a 90 atendimentos mensais, totalizando aproximadamente 1.800 procedimentos anualmente.
Atualmente, o HGR conta com uma equipe de 10 profissionais fonoaudiólogos, que atendem pacientes nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e nas enfermarias do hospital. São acompanhadas pessoas que passaram por intubação, traqueostomia ou que necessitam de sonda alimentar, sendo submetidas a uma avaliação inicial para identificar a presença de disfagia. Caso a condição seja diagnosticada, é iniciado o acompanhamento terapêutico diário, conforme a necessidade de cada paciente.
“Existem vários recursos de tratamento disponíveis. O profissional avalia qual a melhor conduta para direcionar a terapia de cada paciente, para que ele possa retomar a alimentação via oral de forma segura, evitando episódios de pneumonia, broncoaspiração e outros problemas que podem prejudicar a saúde de forma geral”, explicou.
SECOM RORAIMA
JORNALISTA: Suyanne Sá
FOTOGRAFIA: Ascom/Sesau